Uma relfexão sobre a Igreja de Cristo

Atos 14 tem um propósito inicial que é mostrar a difusão do evangelho e o poder transformador de Cristo. E, portanto, sobressai o tema da divisão e da perseguição, que levam as comunidades à certeza de que “é preciso passar por muitas tribulações para entrar no reino de Deus” (At 14.22). Deixando claro que qualquer comunidade cristã, seja ela qual for se não está sendo perseguida, há um problema real.
Nos chama a atenção para uma reflexão profunda sobre as nossas comunidades de fé, e, sobretudo ao sentimento truncado de religiosidade que assola a atualidade. Aí está o perigo das religiões. Elas pregam a vida, mas podem ser distorcidas. Cristãos muito mais preocupados em serem divinizados ou divinizar aquilo ou aquele que o liberta, que esquecem que Jesus é o Cristo que salva e liberta, tão somente Ele tem esse poder.
Em Listra, Paulo e Barnabé presenciaram um fenômeno parecido quando com a cura do paralítico, os habitantes se espantaram e começaram a chamar os dois de deuses, a ponto de identifica-los como Zeus (Barnabé) e Mercúrio (Paulo). No entanto hoje, está cada dia mais difícil encontrar pessoas que tenham atitudes como a dos Apóstolos, os quais rasgaram suas vestes e disseram: “Nós também somos homens mortais como vocês” “vocês precisam deixar esses ídolos vazios e se converter ao Deus vivo” (At 14.15). Segundo Storniolo (2014) um povo alienado por ídolos é povo que sacrifica e, pior, povo que sacrifica a si próprio. A idolatria produz alienação, e alienação perigosa para a vida.
A conversão é fruto de um encontro pessoal com Deus, gerando transformação e extinguindo a paralisia que se torna o mal deixando as pessoas sempre na dependência social, politica, econômica e religiosa. A palavra de Deus liberta. Quem é que consegue abafar o Evangelho? Nem todos querem o Reino de Deus devido às renuncias que terão que fazer para viver segundo os passos de Jesus, difundindo o Evangelho, e, portanto os homens criam muros e cercas, gerando as divisões entre os irmãos.
“A conversão do povo vem num segundo momento, como escolha livre e responsável. [...] O povo tem agora o contraste para poder discernir e mudar de vida. Deixar a vida passada, de pecados, para ter vida nova como o aleijado que foi curado” (STORNIOLO, 2014. p.50).
“Quem de fato conhece a Deus acaba perdendo o ‘espírito de tribo’: o universo torna-se o seu lar e todos os seres, sem exceção, a sua família” (STORNIOLO, 2014. p. 129).
“O elemento principal de todos os convertidos é a fé em Jesus, o compromisso de viver e continuar a palavra e a ação de Jesus” (STORNIOLO, 2014. p. 133).


Por Daniele Decanine

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